terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MP arquiva uso de ambulância de Meridiano até Brasília




O promotor de Fernandópolis, Daniel Azadinho, arquivou um inquérito civil de responsabilidade sobre o uso de uma ambulância da Prefeitura de Meridiano que buscou uma filha de uma funcionária em Brasília (DF).

Para o promotor, não houve relação de prejuízo em virtude do estado da saúde de filha, cuja mãe desesperada procurou uma ambulância para trazê-la de volta a cidade e iniciar o tratamento.

A filha, uma fotógrafa profissional, passou por cirurgia bariátrica e teve problemas de saúde.

A Promotoria Pública investigou o possível uso irregular do veículo que rodou dois mil quilômetros para buscar uma jovem no Distrito Federal. Documentos apresentados pelo chefe do executivo comprovariam a necessidade desse tipo de transporte.

O prefeito de Meridiano, Aristeu Baldin, relatou ao MP, que o município apenas atendeu a um pedido feito por uma mãe desesperada. A narrativa foi aceita pelo promotor. E que laudos atestam que a moça sofre de problemas psiquiátricos.(transtorno bipolar)

O caso foi flagrado por uma equipe de reportagem da TV Globo em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. A ambulância estava repleta de malas, sacolas e bolsas. O motorista do veículo, que é funcionário da prefeitura, tentou se explicar dizendo que a mulher estava muito doente. A ambulância percorreu, entre ida e volta, quase dois mil quilômetros. Só de combustível, a prefeitura teria gasto cerca de R$ 600 e a viagem foi autorizada pelo diretor do departamento de saúde da cidade, José Augusto Finotti.

A mãe procurou a assistência social, porque a filha estava em situação de risco, por uso de drogas e haveria necessidade de vir para Meridiano. Não foi uma mudança, foi um caso extrema necessidade e de saúde, apenas trouxeram algumas roupas delas”, explicou Finotti.

O diretor de saúde também afirmou que no período em que a ambulância esteve fora, não houve emergências na cidade. Pela legislação, não houve dolo ou má-fé ou dano ao erário que provocou o arquivamento do inquérito pelo Ministério Público de Fernandópolis.

Ao promotor , a mãe, Marlene aparecida Lopes, alegou que a filha precisava de um ambulância por estava debilitada.

“Procurei a assistente social, que já acontece os problemas da minha filha. A indicação foi que eu buscasse. Como eu não tenho condições, a Secretaria de Saúde me ajudou. Somente trouxemos as roupas dela. Ela precisava vir em uma ambulância, ela estava debilitada, outro veículo não teria condições”, contou.

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