sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Governo Serrra faz descaso com a Polícia Civil

Secretários de Serra não comparecem à audiência pública com policiais

“A ausência de representantes do governo na audiência é mais um desrespeito do governador com os policiais, com a Assembléia Legislativa e com o povo paulista”, definiu o líder da Bancada do PT, Roberto Felício, ao comentar sobre a ausência dos secretários de Estado da Segurança, da Gestão Pública e da Fazenda na audiência pública que debateu os projetos de lei para as polícias, nesta quinta-feira (30/10).

No entanto, Roberto Felício esclareceu que “a Bancada do PT solidária e compromissada com a luta dos policiais do Estado de São Paulo está apresentando 18 emendas” aos cinco projetos de lei complementares (57, 58, 59, 60 e 61/2008), enviados à Assembléia Legislativa pelo Executivo e que tratam das carreiras das polícias civil, militar e técnico-científica. Entre eles, o que prevê o reajuste salarial de apenas 6,5% para janeiro de 2009 e 6,5% para 2010.

Entre as emendas petistas está a que determina o cumprimento da data-base de 1º de março e a que estipula o reajuste salarial dos policiais civis em 15% para 2008; 12% para 2009 e 12% para 2010. (leia no final da página “em anexo” as emendas do PT)

Entidades exigem respeito

Com a presença de cerca de 300 policiais, 16 representantes de entidades apontaram os problemas encontrados nos projetos de lei complementares do governo. O diretor da Associação dos Praças da PM, Sargento Neto, enfatizou que os policiais “exigem do governo do Estado e dos deputados a valorização da nossa carreira, o cumprimento da nossa data-base, a incorporação das gratificações aos salários, a democratização das instituições e condições dignas de trabalho”.

Neste mesmo sentido, Hilkias de Oliveira (Associação da Polícia Civil), João Rebouças Neto (Sindicato dos Investigadores) e Valter Onorato (Associação dos Escrivães) pediram a valorização dos policiais e apelaram aos deputados da base aliada do governo para que aprovem as emendas propostas pelas entidades, que foram encaminhadas pela Bancada do PT.

"O PSDB faz uma política de arrocho para os servidores e pedimos que aos parlamentares dessa Casa que não deixem que os policiais de São Paulo sejam humilhados com o menor salário entre todos os Estados”, salientou Hilkias de Oliveira.

O representante da Associação dos Bombeiros, Antonio Carlos, fez um apelo ao presidente da Assembléia, o tucano Vaz de Lima, para que abra um canal de diálogo com o governador José Serra. “Leve-nos ao governador José Serra para que essa guerra termine hoje”, afirmou o bombeiro.

Neste mesmo sentido, Marcos Flores da Federação das Associações de Policiais Militares, também pediu ao deputado tucano uma audiência para discutir com o governador ou seus secretários a reestruturação das carreiras policiais.

“Mais uma vez o governador esconde a cara”

“Ou o governo Serra abre mão de seu autoritarismo e aceita as emendas que o PT está propondo ou a greve vai continuar”, disse o deputado Adriano Diogo. Segundo o petista, é praxe da base governista na Assembléia aprovar os projetos sem as emendas e “com isso nós não vamos concordar”. “Não ter nenhum secretário presente aqui hoje, é uma afronta que o governador José Serra nos faz. Mais uma vez o governador esconde a cara”, afirmou Adriano Diogo.

O deputado Enio Tatto, líder da Minoria, explicou que é muito fácil entender a revolta dos policiais ao se verificar os números do orçamento dos tucanos: “O orçamento do Estado de São Paulo em 1998 era de R$ 38,9 bilhões e, com uma média de crescimento de 7% a 8% por ano, chega a 2009 com um orçamento previsto de R$ 116 bilhões. Enquanto isso, nestes dez anos (1998 a 2008), os policiais não tiveram reajuste em cinco anos e nos outros cinco anos os reajustes foram abaixo do IPC, que teve média em torno de 3% ao ano”. “É essa a política do PSDB de valorização dos servidores”, finalizou Tatto.

Para o deputado Carlinhos Almeida, o movimento dos policiais é um alerta para toda a população e para os deputados do descaso com que o governo Serra tem com a polícia. “É preciso colocar o dedo nesta ferida. É um ferida que está aberta no Estado de São Paulo há muito tempo”, salientou Almeida.

“Essa greve já produziu um fato histórico: outros Estados, entre eles Paraná, Minas Gerais e Brasília, já estão mobilizando um greve nacional em solidariedade à policia civil de São Paulo”, enfatizou o deputado Hamilton Pereira que lembrou também que “mais do que por salários, os policiais brigam por dignidade”.

O deputado Zico Prado propôs ao líder do PSDB, Samuel Moreira, para formar uma comissão de parlamentares para ir até o governador José Serra na busca do diálogo e da negociação. “É preciso que se saía desta audiência com uma proposta e ação definida para não ser apenas mais uma audiência pública que o governo fica de ouvidos tampados”, esclareceu o parlamentar petista.

Porém, até o final da audiência não houve nenhuma manifestação do deputado tucano sobre a proposta de Zico Prado.

Também os petistas Cido Sério, Marcos Martins, Rui Falcão, Ana Perugini e Simão Pedro fizeram uso da palavra e expuseram a necessidade da recuperação dos salários dos policiais e uma condizente valorização de suas carreiras. Eles disseram estar solidários com as reivindicações da categoria e demonstraram indignação com a falta disposição do governo do Estado para uma negociação.

Nas suas considerações, Cido Sério lembrou que São Paulo tem a melhor polícia da Brasil, no entanto, recebe o menor salário. Já Marcos Martins comentou que, mesmo em greve, a polícia civil prendeu quadrilha que fraudava licitações na área da saúde.

Rui Falcão, por sua vez, trouxe à discussão a informação de que tem ocorrido um decréscimo no custeio dos serviços públicos na gestão tucana no Estado de São Paulo.

A deputada Ana Perugini descreveu as condições precárias das delegacias e lembrou que em muitas cidades do interior o aluguel onde ficam sediadas é bancado pela prefeitura e que é comum o cenário de amontoados de papéis e inquéritos em poltronas, por falta de espaço e condições adequadas de trabalho.

Por último pronunciou o deputado Simão Pedro que fez apelos ao líder do governo na Assembléia para o diálogo e ponderou que o governo erra ao apostar no desgaste do movimento. “O setor está muito determinado e aguerrido, o governo não deve apostar que vencerá o movimento pela pressão e cansaço", salientou Simão Pedro.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ato abre embates contra SERRA (PSDB)


No dia seguinte às eleições municipais, sindicatos e associações de policiais civis em greve desde 16 de setembro prometem dias de embate com o governo do Estado para pressionar o avanço nas negociações por melhores salários e planos de carreira para a categoria.

O primeiro ato aconteceu na tarde de ontem. Sete mil policiais civis, segundo estimativa dos organizadores, paralisaram o centro de São Paulo numa caminhada que começou na Praça da Sé e seguiu até a sede da Delegacia Geral de Polícia, na Rua Brigadeiro Tobias, passando pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

“A quantidade de pessoas na manifestação é importante para mostrar que o movimento não tinha fim eleitoreiros. Queremos ver agora qual vai ser a desculpa do governador para justificar a greve dos policiais civis”, repetia o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil, João Rebouças.

Nos próximos dias, os policiais civis prometem marcação cerrada à agenda do governador José Serra (PSDB), seguindo a estratégia dos policiais de Bauru, no interior do Estado. Na sexta-feira, policiais civis interpelaram o governador em visita à cidade. A mesma estratégia deve ser seguida em outros locais do Estado.

Amanhã, representantes de sindicatos e associações de todo o Brasil prometem paralisação nacional em apoio ao movimento paulista. Ainda foi marcada para quinta-feira audiência pública na Assembléia Legislativa de São Paulo para discutir com os deputados projetos para a reforma da polícia. A base da categoria pressiona ainda para que ocorra uma nova manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, idéia por enquanto rechaçada pelas lideranças.

O Palácio dos Bandeirantes foi o local do confronto histórico entre policiais civis e militares, ocorrido no último dia 16. Na manifestação de ontem, a situação foi tranqüila e não houve tumultos graves. Até o padre Renato Cangianeli, pároco da Catedral da Sé, foi chamado no carro de som para rezar um Pai Nosso e pedir calma aos manifestantes.

Uma pequena confusão aconteceu na Rua Xavier de Toledo, na esquina com o Viaduto do Chá, quando motoboys se irritaram por causa da paralisação no trânsito. Houve empurra-empurra, mas a caminhada seguiu sem problemas.

Um pouco adiante, na Rua Conselheiro Brotero, policiais militares que organizavam o trânsito chamaram a atenção dos integrantes da passeata. Enquanto alguns os aplaudiam, outros faziam gestos obscenos. Depois de se comunicarem por rádio, os PMs deixaram rapidamente o local, sendo substituídos por Guardas Civis Metropolitanos.

Rivalidade histórica - Desta vez, a PM não acompanhou a passeata. A rivalidade entre as duas corporações, contudo, ficou evidente em alguns momentos da manifestação. A Tropa de Choque e os PMs eram hostilizados a todo momento pelos manifestantes da Polícia Civil.

Informações: Jornal da Tarde

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PT apóia grevistas da Polícia Civil

PT apóia grevistas da polícia civil e apresentará emendas ao projeto do governador
Bancada do PT na Assembléia

Em concordância com a reivindicação salarial dos policiais civis, que considera justa, a Bancada do PT apresentará emendas ao projeto de lei encaminhado pelo governo Serra, para atender a expectativa dos policiais: reajuste de 15% em 2008 (retroativo a março), 12% em 2009 e 12% em 2010.

A afirmação foi feita pelo líder da Bancada, deputado Roberto Felício, nesta quinta-feira (23/10), na tribuna do Plenário Juscelino Kubistchek, onde a galeria estava completamente lotada por cerca de 400 policiais que compareceram à Assembléia Legislativa para um protesto contra o projeto de lei encaminhado pelo governador José Serra. O projeto do governador prevê reajuste de apenas 6,5% para o ano de 2009 e 6,5% para 2010.

“O PT vai fazer as emendas porque tem compromisso moral e ético com o movimento dos policiais. Mas vocês (dirigindo-se aos policiais na galeria) contam apenas com 23 deputados da oposição para a aprovação e terão que passar de porta em porta nos gabinetes dos 71 parlamentares da base do governo solicitando apoio, senão o projeto não vai ser aprovado em Plenário”, advertiu o líder petista. Com a maioria absoluta dos deputados em sua base, o governo do Estado consegue aprovar na Assembléia Legislativa todas as suas propostas.

Dinheiro tem, falta vontade política

Comprovando com os números da proposta orçamentária encaminhada pelo governador José Serra para 2009, o líder da Minoria, o petista Enio Tatto, disse que “dinheiro tem, o que falta é vontade política do governador Serra com o funcionalismo”.

Tatto explicou que o orçamento do Estado cresceu 19,94% em relação ao ano passado, no entanto, para a área de segurança há um aumento de apenas 16,5%. “Isso demonstra como o governo tucano coloca a questão da segurança em segundo plano”, destacou o deputado e completou “o orçamento de Serra só aumenta para ele fazer publicidade, para divulgar as suas mentiras e ter na mão a imprensa”.

O líder da Minoria também informou que o PT protocolou pedido de audiência pública, na terça- feira (21/10), com os secretários de Segurança, Gestão Pública e Fazenda, na Comissão de Finanças e Orçamento, para que eles expliquem porque o governo não dá o aumento aos policiais, “mas a base governista impediu”, a votação do requerimento naquele dia.

Hoje (23/10), após a manifestação dos policiais, o presidente da Casa decidiu pela realização da audiência pública no dia 30/10, às 14h30.

Governo não respeita data-base dos servidores

“O governador Serra não respeita a data-base dos servidores públicos (março) que foi aprovada nesta Casa. E se o governador não respeita a lei, como ele vai exigir que o funcionalismo cumpra a lei”, salientou o deputado Zico Prado. Para ele, o governo tucano não reconhece o que ele tem mais sagrado, que é o funcionalismo. “Essa é a política do PSDB”, destaca o deputado.

Se solidarizando com o movimento dos policiais civis, o deputado Simão Pedro classificou de “vexatória” e “vergonhosa” a situação salarial da categoria. “O governador Serra ao invés de estabelecer uma negociação, envia para a Assembléia um projeto que com essa ‘migalha’ de reajuste e ainda só para o ano que vem”, indignou-se Simão.

O deputado Adriano Diogo enfatizou que a culpa pela situação, tanto salarial, como do confronto entre as polícias militar e civil (em 17/10) “é de uma só pessoa: José Serra”. Para o petista, “quem quer ser presidente da República e põe para defender com armas uma manifestação política é, no mínimo, irresponsável. Todos os gestos do Serra são magnificamente estudados. Ele age com um ditador”.

“O governador não dará ordem a Bancada do PT”

O líder Roberto Felício, indignado com fato do governador José Serra imputar ao Partido dos Trabalhadores e a ele próprio (Felício), a responsabilidade pelo confronto entre polícia civil e militar em frente ao Palácio dos Bandeirantes em 17/10, afirmou que “o governador não dará ordem a Bancada do PT, que está solidária com o movimento legítimo dos policiais e estará ao lado na manifestação da próxima segunda-feira (27/10), na Praça da Sé”.

Manifestaram-se em Plenário, solidarizando-se com a luta dos policiais civis os deputados do PT: Roberto Felício (líder), Enio Tatto, Simão Pedro, Zico Prado, Adriano Diogo, Cido Sério, Antonio Mentor e Hamilton Pereira.

Manifestações dos policiais civis

Nesta quinta-feira (23/10), a movimento dos policiais civis realizaram manifestações simultâneas em várias cidades do Estado. Na Capital, o ato foi realizado na Assembléia Legislativa, com mais de 500 pessoas. “É uma forma de mostrarmos nossa indignação, com a forma que o Governo trata a categoria”, destacou o presidente da Adpesp – Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.

No dia 27/10, às 14 horas, na Praça da Sé – Capital – será realizada um grande ato com a presença de policiais de todo o Estado.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Jogada Política do Serra

Estamos em um início de semana muito triste, com o caso de Santo André que terminou com uma dor no corações de todos os brasileiros que acompanhavam, oravam, e que com um carinho muito grande acompanhava o sequestro da menina Eloá Cristina de 15 anos, que morreu após um tiro na cabeça onde a bala ficou alojada no cerebelo. É mais um final de semana triste para nós, que vivemos em uma terra que ainda existe muita violência, desrespeito, e pouco amor ao próximo.
Mais o que não deveria acontecer seria o uso deste triste episódio para fins eleitoreiros. Esse é um momento de dar conforto, carinho e amor aos jovens e famílias envolvidos neste episódio. Mas o que o nosso governador mostrou é que essa é a unica saída para ele, no momento em que vive a crise de segurança e da educação no seu governo. José Serra começou a descer até a cidade de Santo André para fazer declarações, opinar sobre o caso. Para que ele faria isso? Vamos analisar com muita calma, a imprensa inteira esta focada na greve da polícia civil, onde o confronto da polícia militar vs. a polícia civil alimentou ainda mais a espera dos jornalista por notícias extramamente quentes e inéditas, alias este é o trabalho deles e o pensamento mais posítivos deles é que aconteça algo tragíco mesmo para que eles tenham um furo de reportagem. Com esta visita até Santo André José Serra vem conseguindo afastar a mídia da Capital paulista, onde se concentra a greve, onde esta a indignação do momento contra o governador. Isso sim é estratégia eleitoreira para desconcentrar a mídia da greve até onde ele esta, em Santo André.
Mais o que gera isso? Por que é uma estratégia política ?
Resposta Simples, segundo turno em São Paulo, Marta (PT) vs. Kassab (DEM).
Marta Suplicy (PT) candidata do PT apoiada pelo Presidente da República, LULA, o presidente que valorizou a Polícia Federal, o presidente que abriu novos cargos na Polícia Federal e que trabalha como nunca hoje. Kassab, apoiado pelo Governador José Serra (PSDB) governo ao qual tem a grande desvalorização da educaçaõ e da segurança, onde temos os polícias civis com o pior salário do Pais, e isso é que São Paulo é o estado mais rico. José Serra falou no ar a Tv bandeirantes que a culpa da greve era do PT, logo após entrevista de Serra entrou no ar mais um manifestante da greve, onde o apresentador Datena perguntou se ele tinha visto alguém do PT dentro da Greve, o delegado manifestante, desmentiu José Serra, revelando que não teria ninguem do PT dentro da Greve. O delegado André Dahmer, diretor da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de São Paulo), negou envolvimento político no movimento grevista e diz que a CUT e a Força Sindical apenas emprestam o carro de som usado nas manifestações. Ainda fez a seguinte fala: "É lamentável ver um governador de Estado como São Paulo falar uma coisa dessas. Ou é porque ele é muito mal informado ou é porque quer ver o circo pegar fogo", afirmou. Dahmer ainda culpou o governo do Estado pelo confronto, que deixou mais de 25 pessoas feridas. "Nós não queremos guerra. O governo não quer diálogo. Ele [governo] quer guerra." O presidente do Sindicato da Polícia Civil de Campinas e região, Aparecido de Carvalho, também responsabilizou o governo estadual pelo confronto. "É uma irresponsabilidade sem tamanho um governador, que se diz democrático, sabendo que homens armados vêm reivindicar salários e dignidade, colocar a PM, que é uma co-irmã, armada, correndo todos os riscos. O saldo disso poderiam ser diversas mortes de policiais." O presidente do sindicato dos investigadores, João Rebouças, acusou a área de Segurança do Estado de falta de comando e de diálogo. Ele disse que o departamento jurídico do sindicato avaliará pedir intervenção federal no setor. "Em vez de apaziguar, ele [governo] jogou mais gasolina no fogo", disse. Isso são relatos e falas de quem realmente esta envolvidos na greve e realmente sabe o que esta acontecendo e o que esta passando.
Mais verdade seja dita, a atual crise da segurança merece um respeito de verdade, José Serra, deveria tomar as negociações desta greve e agir de fato seriamente. Estamos falando de reajuste o qual o próprio governo dele vem desvalorizando ao longo destes anos que se mantém a frente do estado de São Paulo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Polícia Civil vs. Polícia Militar e o Governo de São Paulo Nada faz

Nos deparamos nesta quinta-feira (16 de Outubro) com a Manifestação da Polícia Civil que esta em greve, manifestando um reajuste salarial por ter o salário mais baixo do Brasil. Temos a melhor polícia civil da América Latina e uma desvalorização tremenda no estado de São Paulo com eles, ou seja, São Paulo é o mais rico estado da federação e um policial civil ganha menos que em qualquer estado do país. Desde Março deste ano os policias vem tentendo negociar o reajuste salarial o qual o governo ofereceu 4,5% de reajuste o que não repõe nem a inflação, e além do mais, esta negociação tem sido igonorada pelo governador sem ter o respeito que de fato merece estas classe trabalhadora a qual trabalha para nossa própria segurança. Estamos falando de SEGURANÇA, a segurança do cidadão paulista que depende desta policia para se sentir seguro na sua própria cidade, na sua casa. Quem paga por esta greve somos nós, acho que o governador José Serra tinha que ter o mínimo de respeito a esta classe trabalhadora e ter uma valorização sim dela. O Lula quando chegou como Presidente do Brasil, valorizou a policia Federal, e hoje temos um excelente trabalho no país, onde vários esquemas de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, entre outros, foram desvendados, e tudo isso ocorreu pela valorizaçaõ da classe e da segurança para nosso país. O mesmo deve ocorrer em São Paulo, temos que valorizar esta classe, que é a melhor polícia civil da América Latina, quer dizer que, eles sempre fizeram um bom trabalho. Estamos falando de uma manifestação onde todos estão armados e são policiais, olha o risco que isso traz, e a ordem dada a Policia Militar de conter estes manifestantes poderia levar a resultados piores do que aconteceu. A Policia Militar atacou os manifestantes com bombas de efeito moral e disparos com bala de borracha, e ainda somou-se mais de 25 feridos e várias viaturas que foram pedrejadas. Enfim pergunto quem perde com tudo isso? Somos Nós!
José Serra, falou que é uma minoria de manifestantes, nao é a minoria e sim 20% do total que é permitido por Lei, quero lembrar aqui que a polícia sai para se manifestar, mais também pensa em garantir a segurança de delegacias onde existem os presos, e que esta greve se estende para o interior também. É facil acompanhar isso, em qualquer cidade nos deparamos com policiais em greve. O que eles querem é negociar, ser ouvidos e não ignorados como foram ao longo destes 8 meses. E ainda lembro estamos falando de segurança. Segurança do Povo, Segurança para nossos filhos, para nossa familia enfim de toda a população.

Confira abaixo tabela de Salários.

REMUNERAÇÃO INICIAL DAS CARREIRAS DE DELEGADO DE POLÍCIA DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E POLÍCIA FEDERAL.

Posição
Estado
Salário
1
Polícia Federal
R$ 12.992,70
2
Distrito Federal
R$ 10.862,14
3
Paraná
R$ 8.852,00
4
Goiás
R$ 8.748,00
5
Mato Grosso
R$ 8.552,32
6
Sergipe
R$ 8.469,00
7
Espírito Santo*
R$ 7.551,00
8
Mato Grosso do Sul
R$ 7.370,00
9
Piauí
R$ 7.141,50
10
Rio de Janeiro
R$ 6.895,00
11
Rondônia
R$ 6.729,31
12
Maranhão
R$ 6.653,48
13
Ceará
R$ 6.017,93
14
Roraima
R$ 6.002,00
15
Amapá
R$ 5.982,20
16
Rio Grande do Norte
R$ 5.951,09
17
Acre
R$ 5.874,40
18
Rio Grande do Sul
R$ 5.702,00
19
Pernambuco
R$ 5.266,01
20
Amazonas
R$ 5.086,80
21
Alagoas
R$ 5.050,00
22
Tocantins
R$ 4.862,03
23
Santa Catarina
R$ 4.442,58
24
Paraíba
R$ 4.365,00
25
Minas Gerais
R$ 4.108,42
26
Bahia
R$ 4.005,00
27
Pará
R$ 3.974,40
28
São Paulo*
R$ 3.680,18

Fonte: Sindicatos, Associações e Secretarias de Administração dos Estados.
* - Os delegados da ativa podem receber uns adicionais por escala especial de trabalho extra (24h.) ou de localidade no valor R$ 1.008,00 até R$1.575.




http://www.youtube.com/watch?v=upZUiZr9qa8