sexta-feira, 30 de julho de 2010

CQC: Originalidade na expressão do senso comum


Volta e meia aparece uma "novidade" na TV, pretensamente original, imparcial, inteligente. Particularmente, poucas vezes vi uma promessa dessas se confirmar.

Na TV Band, o CQC apresentou-se com essa embalagem: formato inovador, repórteres-comediantes, abordagens interessantes para temas conhecidos. Mas, parece-me - e posso estar enganada por não ser uma telespectadora assídua -, recorre a elementos já bem conhecidos do grande público para consolidar sua audiência. Acaba, portanto, tentando fazer o novo a partir do velho. Uma contradição em termos?

No programa de ontem, houve uma mensagem de saudação à aprovação, na Argentina, do reconhecimento do casamento gay. Um repórter foi às ruas mostrar que o preconceito é firme e forte. Outra repórter entrevistou celebridades que, esboçando alguma contradição ou não, felicitaram a decisão de nossos hermanos, em defesa da livre orientação sexual. Porém, entre um quadro e outro, ou dentro de cada quadro mesmo, as piadas que desqualificam os homossexuais - como imputar ao outro o qualidade de "viado" numa tentativa de diminuí-lo, de afirmar que ele é inferior - continua dando o tom. Uma contradição em termos?

Outra. No início do programa, Marcelo Tas fazia o discurso democrático da necessidade de dar espaço a todos os candidatos que disputam a presidência da República. Para demonstrar que pratica o que prega, a repórter Mônica Iozzi entrevistou, entre outros, o candidato do PCB, Ivan Pinheiro.

Talvez a jovem repórter não faça ideia de que falava com o representante de um partido de quase 90 anos. Partido que fez parte dos principais momentos da história do Brasil nesse período, e que expressa uma tradição internacional importante. Ivan Pinheiro e o PCB foram apresentados ao lado de Eymael e Levyr Fidelix, caricatos por opção, não simplesmente por abordagem da imprensa.

A repórter destacou 3 pontos da plataforma de Pinheiro: controle social da mídia, regulamentação do sistema financeiro e a defesa de um sistema político unicameral. Referiu-se a esses temas, em especial, aos dois primeiros, como questões ultrapassadas ou malucas mesmo. O fato de o candidato ter poucos segundos para falar de qualquer um desses temas deu um tom geral de deboche, de mundo da lua.

Talvez ela - e o programa - não faça ideia de que se tratam de temas muito discutidos e aprofudados pela esquerda brasileira. Propostas reais e exequíveis, que, infelizmente, não contam com tempo na grande mídia, que discorda politicamente delas, para serem apresentadas e disputadas.

O CQC, portanto, engrossou a mesma ladainha de que controle social é censura, e que moderno mesmo é a "livre" circulação de capitais, "livre" mercado, "livre" especulação. Mostrou ignorar que qualquer processo democrático que se preze (e nem precisa ser muito de esquerda para ver) inclui um marco regulatório para a atividade da imprensa, e o contrário disso sim é que é ditadura - a ditadura da mídia, dos poucos que a possuem. Não aceitou debater a existência de um Senado, essa Casa que remete aos imemoriais tempos imperiais, e cuja atuação, não raro, é motivo de vergonha para alguns homens e mulheres sérios que ali tentam trabalhar.

O CQC tratou o candidato Ivan Pinheiro como qualquer outra emissora de TV que finge que sua candidatura não existe. Contradição?

E, assim como todo veículo da grande imprensa, reforçou um rótulo de que a esquerda é jurássica, autoritária e até engraçada por isso. O que tem de novo?

Ah, sim. A vontade de fazer tudo isso parecer original.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A NOVELA VOLTOU, NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO!





Depois de uma espetacular largada, Felipe Massa que largou em 3º Lugar, pulou a frente de Fernando Alonso e Sebastian Vettel assumindo assim a liderança do GP da Alemanha. Felipe Massa segurou a posição após a troca de pneus enquanto os seus ainda estavam frios. Durante 3 voltas resistiu bravamente aos ataques do seu “companheiro” o espanhol Fernando Alonso. Após isso, a corrida se normalizou e Felipe Massa abriu uma certa distância do seu companheiro de equipe, e tendo mais tranqüilidade para pilotar e também poupar os pneus e o combustível do carro.

A corrida de Felipe Massa estava em suas mãos, ele que antes da corrida falou em dedicá-la para um Tio seu que havia falecido. Com isso ele estava cumprindo sua promessa e homenageando o saudoso tio, mais o que ele não esperava é que uma novela que ele já tinha visto no GP de Áustria de 2002, quando que a Ferrari havia pedido para que Rubens Barrichello cedesse a posição para o então “companheiro” de equipe Michael Shumacher e graças ao modo que Rubens Barrichello cedeu sua posição, na reta final onde levaria a bandeirada de campeão, hoje esse tipo de situação é regulamentada no regulamento da Formula 1. Nenhuma equipe pode interferir no resultado da corrida, afinal as equipes estão competindo e no caso de Barrichello e Massa, as equipes não teriam perdas no sistema de pontuação, pois a ordem dos fatores não mudaria o valor do produto final que são os pontos da equipe. Mais não foi isso que aconteceu, na 49ª volta vem do rádio da equipe Ferrari a mensagem: “Alonso está mais rápido do que você, você confirma que entendeu a mensagem?”, um silêncio domina o rádio da Ferrari vindo por parte de Felipe Massa que em seguida na próxima volta deixa claramente Fernando Alonso passar. A evidência deixada, é que dentro da própria equipe já existe um favoritismo, existe a escolha de um primeiro piloto. O que já nos deparamos muito antes, é que já existia os segundos pilotos, mais a formula 1 esta saltando para haver a competição entre pilotos de uma mesma equipe também. Acidentes podem acontecer de fato entre eles, mais é parte do jogo da velocidade, se uma equipe tem a superioridade na velocidade em relações as outras, e escolhe o seu primeiro piloto a quem sempre dará preferências, quem será capaz de brigar por um campeonato mundial de pilotos se não seu próprio companheiro de equipe que tem o mesmo material nas mãos?.
Após uma reunião e discussões entre os comissários do GP da Alemanha, a Ferrari foi multada e considerada culpada. A multa aplicada pela FIA a Ferrari, tem o valor de US$ 100 mil dólares, por ter considerado realmente que a Ferrari feriu os artigos 39.1, que proíbe ordens de equipes, e 151c, que praticou a atitude antidesportiva que suja a imagem do esporte. O caso será julgado efetivamente em uma reunião extraordinária do conselho mundial da entidade, sendo assim o resultado da corrida está sub júdice, ou seja, ainda poderá haver as trocas de posições no resultado do GP da Alemanha.
Para mim uma multa de US$ 100 mil para um esporte onde os investidores e patrocinadores investem muito é pouco, pois isso pode ser recuperado em pouco tempo, pois uma vitória e inserção de um piloto na briga novamente do campeonato significa mais investimentos para a equipe e para o próprio piloto. O valor de quebras de regulamentos assim deveria ser um valor que um equipe não tivesse coragem de fazer para o bem do esporte e de uma competição sadia.

Essas atitudes de como Barrichello e Massa deixaram, mostra claramente seus “companheiros” de equipe passarem, e mostram que houve interferência da equipe e isso é uma excelente contribuição para o próprio esporte da Formula 1 e que sem dúvida beneficiará o próprio esporte e seus valores.

Em uma entrevista concedida ao final da corrida massa falou que gostaria de ter vencido, e assim como Barrichello na corrida da Áustria sem dúvida alguma os grandes vitoriosos foram vocês. Primeiro por mostrar trabalho e mostrarem que tinha chances concretas de serem os grandes vencedores de cada prova e segunda pela forma inteligente de mostrar essas atitudes antidesportivas dentro da própria equipe de uma forma clara e transparente para todo o mundo. O por que pilotos se limitam a aceitar essas ordens de uma equipe?. Isso é simples, é uma causa contratual, em que o piloto é o funcionário da equipe e tem que obedecer as suas ordens, mesmo que insatisfeito com elas. Eu vejo alguns comentaristas falarem que o próprio Massa tem a sua parcela de culpa e acho que isso é bobeira, pois falar sem sentir na pele o que é estar ali dentro é fácil. Felipe Massa não vai desacatar uma ordem da equipe e não vai se queimar futuramente dentro da própria Ferrari por causa de um lugar no pódio em que visivelmente para todo o mundo ele foi o grande vencedor.

Agora esperamos da FIA uma punição mais severa, espero que o presidente da FIA, o senhor Jean Todt seja severo nas punições, espero eu que não venha interferir nas sentenças por ele ter estado dentro da equipe Ferrari. A própria aceitação de culpada é a própria desistência da Ferrari em recorrer a multa. A declaração do piloto Michael Shumacher, mal vista por todos e que não seria surpresa é ele falando que faria exatamente a mesa coisa. Mais logicamente ele responderia isso, pois quantas vezes não foi beneficiado com essas trocas de posições que quando não eram visíveis e audíveis via rádio, eram muito bem calculadas nas paradas nos boxes para trocas de pneus e reabastecimentos.

Esperamos que o final dessa história mude, e que o preço desta multa seja mais elevada para inibir realmente que uma equipe venha a fazer esse jogo sujo e que venha alterar o resultado de uma corrida. Afinal esses tipos de atitudes apenas vem sujando a imagem da formula 1. E a falta de coragem para punir rigorosamente essas atitudes vem a contribuir para que elas ainda possam acontecer de um jeito ou de outro dentro da Formula 1.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eleições no Estado de São Paulo





As eleições já começaram, e tudo gira em torno da eleição presidencial, são rádios, jornais, televisão e sites voltados para ela. Toda a mídia esta focada na eleição presidêncial de 2010, pelo menos no estado de São Paulo o peso esta muito maior na eleição presidencial. Mais porque a eleição de Governador em São Paulo, não esta pegando fogo como antes? Porque os debates na televisão entre os candidatos ainda não começaram?

Estamos a praticamente apenas dois meses das eleições, e ainda não se deparamos com um bom debate  na mídia no Estado de São Paulo. Será que a  mídia tem interesse em prolongar o maior tempo possível esses debates na televisão. Vimos em algumas pesquisas já realizadas, que muitos eleitores estão indecisos em quem votar para Governador. Estão indecisos pois não conseguiram ainda acompanhar todas as propostas dos candidatos  ao  governo e as vezes  essas  pessoas tem apenas a televisão como o meio mais acessível para se atualizar sobre um tema tão importante que é as eleições.

Nós militantes do PT queremos ver o mais rápido possível esses debates, pois é através deles que surge o compromisso e a apresentação de como será administrado o Governo do Estado de São Paulo. O momento é histórico para o PT em São Paulo, uma aliança de vários partidos, os paulistanos com esperança buscam uma mudança, os servidores públicos estão insatisfeitos,  professores, agentes da saúde, policiais, todos buscando uma melhora para suas classes, para o sistema que esta ultrapassado.

Fico pensando por que ainda não aconteceram estes debates que já estão ocorrendo em outros estados, e a única resposta que vem a minha cabeça é que isso é proposital, pois  o candidato do PSDB, tem tendência a cair  muito cedo como aconteceu na última eleição. Vem a cabeça que esta é uma manobra de blindar um candidato para que ele não se desgaste junto com a administração de 16 anos do PSDB no Estado de São Paulo.

Nós militantes do PT, devemos levar o mais rápido possível todas as propostas do nosso candidato Aloizio Mercadante para as ruas, para a sociedade, para todos que tem esperança que São Paulo irá mudar. E essa mudança  será feita, assim como o povo confiou no Presidente Lula e deu oportunidade para o Brasil. São Paulo também terá essa oportunidade de ser bem administrada.

Vamos as ruas companheiros, pois é chegada a hora de levar o sorriso e a esperança para todos os paulistanos.

Por: Hilton Marques

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Real da miséria e a miséria do Real

O real da miséria e a miséria do Real

Na trajetória dos últimos 18 anos, só o governo Lula reduziu a pobreza de forma contínua e acentuada. Itamar e FHC tiveram, cada qual, apenas 1 ano de efetiva redução da pobreza: Itamar (que teve pouco mais de 2 anos de governo), em seu último ano (1994), e FHC, em seu primeiro ano (1995). Os números desmentem categoricamente a afirmação de que a miséria e as desigualdades no Brasil vêm caindo “desde o Plano Real”, como é comum encontrar inclusive entre analistas econômicos. O artigo é de Antônio Lassance.

Antonio Lassance (*)
Data: 20/07/2010

O gráfico acima merece ser emoldurado. Ele representa os avanços que o Brasil alcançou até o momento na luta pela redução da miséria.

Antes de mais nada, é preciso dar os devidos créditos. O gráfico tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), colhidos, organizados e divulgados pelo IBGE. São sistematicamente trabalhados pelo IPEA, que tem grandes estudiosos sobre o tema da pobreza, assim como pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas-RJ.

Graças a esses estudos se pode, hoje, visualizar se estamos avançando ou retrocedendo; se o Brasil está resgatando seus pobres ou produzindo quantidades cada vez maiores de pessoas que ganham menos que o estritamente necessário para sobreviver; gente que se encontra sob situação de insegurança e vulnerabilidade.

Os números e a trajetória que os liga permitem não só uma fotografia da miséria, mas também um retrato do que os governos fizeram a esse respeito. Serve até de exame para um diagnóstico do bem estar ou do mal estar que as políticas econômicas podem causar à nossa sociedade.

Descritivamente: esta linha sinuosa decresce em ritmo forte em 1994 e 1995, quando estaciona. Depois de 1995, a queda deixa de ter continuidade e, salvo pequenas oscilações, os patamares de miséria ficam estáveis pelos sete anos seguintes, até 2002. Depois de 2003, ocorre uma nova trajetória descendente e, desta vez, sustentada, pois se mantém em queda ao longo de sete anos.

Na trajetória dos últimos 18 anos, só o governo Lula reduziu a pobreza de forma contínua e acentuada. Itamar e FHC tiveram, cada qual, apenas 1 ano de efetiva redução da pobreza: Itamar (que teve pouco mais de 2 anos de governo), em seu último ano (1994), e FHC, em seu primeiro ano (1995).
O gráfico desmente categoricamente a afirmação de que a miséria e as desigualdades no Brasil vêm caindo “desde o Plano Real”, como é comum encontrar inclusive entre analistas econômicos, principalmente aqueles que são mais entusiastas do que analistas e, a cada 5 anos, comemoram o aniversário do plano como se fosse alguém da família.

O Plano Real conseguiu reduzir a miséria apenas pelo efeito imediato e inicial de retirar do cenário econômico aquilo que é conhecido como “imposto inflacionário”: o desconto compulsório, que afeta sobretudo as camadas mais pobres, ao devorar seus rendimentos. Retirar a inflação do meio do caminho foi importante, mas insuficiente.

No governo FHC, a miséria alcançou um ponto de estagnação. Uma estagnação perversa, que deu origem, por exemplo, à teoria segundo a qual muitos brasileiros seriam “inimpregáveis”. Para o discurso oficial, o problema da miséria entre uma parte dos brasileiros estaria, imaginem, nos próprios brasileiros. A expressão era um claro sinônimo de “imprestáveis”: pessoas que não tinham lugar no crescimento pífio daqueles 8 anos. Era um recado a milhões de pessoas, do tipo: "não há nada que o governo possa fazer por vocês". "Se virem!"

O governo Lula iniciou uma nova curva descendente da miséria no Brasil e a intensificou. Sua trajetória inicial foi mais íngrime do que a verificada no início do Plano Real e, mais importante, ela se manteve em declínio ao longo do tempo. Por trás dos números e da linha torta, está o regate de milhões de brasileiros.

A razão que explica essa trajetória está no conjunto de políticas sociais implementadas por Lula, como o Fome Zero, o Bolsa Família, a bancarização e os programas da agricultura familiar, além da melhoria e ampliação da cobertura da Previdência.

No campo econômico, além de proteger as camadas sociais mais pobres da volta do imposto inflacionário (estabilidade macroeconômica), houve uma política sistemática de elevação do salário mínimo e, a partir de 2004, patamares mais significativos de crescimento econômico, com destaque nas regiões mais pobres, que cresceram em ritmo superior à média nacional - em alguns casos, superior ao ritmo chinês.

O governo FHC, sem políticas sociais robustas e integradas e com índices sofríveis de crescimento econômico, exibiu uma perversa estabilidade da miséria. Se lembrarmos bem, ao final de seu mandato, a economia projetava inflação de dois dígitos, os juros (Selic) superavam os 21% ao ano (haviam batido em 44,95% em 1999), a crise da desvalorização cambial fizera o dólar disparar, as reservas estavam zeradas e o País precisara do FMI como avalista. Por isso se pode dizer que a característica principal do Governo FHC não foi propriamente a estabilidade macroeconômica. Foi o ajuste fiscal e a estabilidade da miséria.

Por sua vez, a tríade crescimento, estabilidade e redução da miséria, prometida por Lula na campanha de 2002, aconteceu. Se alguém tinha alguma dúvida, aí está a prova.

(*) Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política.

Fonte: www.cartamaior.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

Noroeste Paulista confirma apoio a Dilma e Mercadante !



Um grande encontro regional do PMDB e PT foi realizado em Jales no dia 17 de julho, neste evento estiveram mais  de duas mil pessoas que foram apoiar a candidatura de Dilma à Presidência da República e também de Aloizio Mercadante ao Governo do Estado de São Paulo. O evento foi realizado no Jales Clube/Campus III – Centro Universitário de Jales. Estiveram presentes no encontro também os candidatos ao Senado pelo Estado de São Paulo, Marta Suplicy e Netinho. Estiveram presentes também ministros como Wagner Rossi e também Alexandre Padilha, entre tantas outras lideranças regionais, como prefeitos, vereadores e vários dirigentes de partidos e sindicatos. Forão mais de 145 municípios presentes, mais de 30 prefeitos e vices, mais de 90 vereadores e mais de 90 presidentes de partido, fora ainda os dirigentes de sindicatos e representantes de diversas áreas do funcionalismo público que apoia Dilma e Mercadante.

Na Abertura o prefeito fez uma saudação e enfatizou algumas qualidades de Dilma. “Como ministra, ela afastou o risco do apagão energético em nosso país que ocorria antes do governo Lula. Além disso, ela ajudou o presidente Lula a superar a crise financeira internacional”. Parini também resumiu para Mercadante “O sentimento dos chefes dos municípios em relação às eleições deste ano. “Fomos tratados a pão e água pelo governo do estado. Mercadante, seu gabinete atendeu mais prefeitos em Brasília do que os governadores tucanos. O sentimento dessas eleições é de dar o troco, elegendo você Mercadante, o Governador de São Paulo”, afirmou.
O Candidato ao Senado, Netinho também falou: “O nosso Lula escolheu você Dilma, e se ele escolheu, todos nós a escolheremos. Você é nossa presidente”, afirmou Netinho (PCdoB-SP). Marta Suplicy enfatizou que Dilma continuará as ações do governo Lula. “A Dilma manterá os três eixos do nosso governo: Inclusão Social, infraestrutura e soberania”, afirmou a candidata ao senado Marta Suplicy (PT-SP).
Dilma e Mercadante receberam o apoio de prefeitos de diversos partidos. Mercadante e Dilma agradeceram a presença. Mercadante disse que no seu governo haverá dialogo com todos independente do partido o qual é filiado, seguindo o exemplo do presidente Lula e da Ministra Dilma. “Enquanto eu era senador, eu nunca disse “me apoie que eu vou te ajudar”. Sempre ajudei porque era minha responsabilidade como senador. O que eu fazia era a política que a ministra Dilma e Lula definiram que seria a política do governo”, afirmou Mercadante. Citando o prefeito de Tanabi, José Francisco de Mattos Neto, filiado ao DEM, mas apoiador dos candidatos do PT, Mercadante pediu uma salva de palmas à coragem dos prefeitos presentes e foi solidário aos apoiadores que não compareceram.“Muitos queriam vir e estão conosco no trabalho, mas sentem ameaça de expulsão partidária e a máquina do governo dizendo: se for, não tem apoio”, disse. A candidata à presidência, Dilma Rousseff e os candidatos ao Senado, Netinho de Paula e Marta Suplicy também saudando o apoio dos prefeitos, além de lideranças de todo o estado.

Em seu discurso, Dilma ressaltou as qualidades do candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB). “Competente, capacitado, um vice que não é improvisado”, definiu.
O candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, engrossou o coro dos elogios à Temer. “É um grande cacique do PMDB, que têm História, que têm luta”.
Temer salientou que a união dos partidos os levará a ganhar as eleições. “Quando vejo aqui presente a grande maioria do PMDB de São Paulo e a quase totalidade do PT, penso: Dilma, nós temos que nos acostumar com a vitória”, pontuou, sob aplausos. Michel Temer, ainda disse que têm uma “alegria cívica extraordinária”, porque sabe que encerrará a vida pública “ao lado de uma grande presidente”.


Dilma também afirmou que São Paulo merece sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014. “Mais que merecer, tem todas as condições, tem experiência em sediar grandes eventos”, explicou. “Me estranha muito que nós não protestemos sobre essa história de São Paulo não abrir a Copa do Mundo. Tenho certeza que o povo não vai deixar, no dia 3 de outubro, que isso ocorra.”
Já o candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, criticou os pedágios nas rodovias paulistas. “A minha política é acabar com o abuso dos pedágios, porque isso tá acabando com uma parte da economia do interior”, disse, sob aplausos, Mercadante. “Hoje, 443 municípios têm só 5% do PIB do estado”, afirmou o petista.
Propostas para SP
Durante discurso no encontro do PMDB, Mercadante também defendeu a interiorização do desenvolvimento paulista. Segundo ele, incentivos fiscais e um fundo de financiamento viabilizarão o crescimento dos pequenos municípios do estado.
Mercadante também garantiu que vai rever os contratos de concessão dos pedágios. Ele citou o alto custo da viagem entre São Paulo e Jales que, no trajeto de ida e volta, custa R$ 123,10.
 Mercadante ainda lembrou que existe uma crise na Segurança Pública de São Paulo e lembrou o governo FHC, quando o Ministério da Justiça teve nove ministros em apenas oito anos. "É só ver como terminou a questão da polícia federal quando nós chegamos. Nenhuma vaga em presídio de segurança máxima no país e não havia nenhum programa de formação de policiais", avaliou.
De acordo com o senador, o principal problema na segurança pública no Estado de São Paulo está dentro dos presídios. "A Polícia Militar prende dois presídios por mês e faltam 11 mil agentes penitenciários. Fora das muralhas do presídio o tráfico de drogas hoje é dominado por facções criminosas. O crack que está destruindo parte de uma juventude é patrocinado e organizado por essas facções criminosas. Hoje há um grande déficit de presídios no estado de São Paulo há uma rebelião de prefeitos contra os presídios".
Mercadante reafirmou que é preciso investir cada vez mais na formação e no salário da categoria. "O salário da policia hoje em São Paulo é pouco mais da metade do que recebe um policial do Piauí e do Sergipe. Precisamos de mais policiamento ostensivo e aproximar a polícia da comunidade. Vamos humanizar a polícia. Teremos um governo participativo, aberto ao diálogo, um diálogo que tem faltado com a polícia em São Paulo nosso governo vai sempre manter".
Os municípios, na avaliação de Mercadante, estão ficando sobrecarregados e com responsabilidades que não são deles, inclusive na área de segurança. "Em Campinas são quase mil homens pra suprir a deficiência do policiamento do estado. Só na Polícia Militar faltam seis mil homens no efetivo. Havia um concurso em 2007, o governo suspendeu e isso está transferindo a responsabilidade na segurança. O caminho é fortalecer a PM e a Policia Civil, a começar pelos salários dos policiais. É assim que nós vamos reconstruir a política de segurança em São Paulo.