Brasília - O Ministério da Saúde lançou ontem (5) o Portal Saúde do Cidadão,
por meio do qual pacientes poderão disponibilizar pela internet
histórico de doenças, internações, cirurgias, exames, uso de
medicamentos, procedimentos de alta complexidade para o acesso de
médicos pelos quais estejam sendo acompanhados.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, o portal será uma
ferramenta para melhorar o acompanhamento de fluxo do tratamento e do
risco de cada paciente, desde o ingresso na unidade básica de saúde.
Além disso, vai agilizar o tempo de espera para atendimento,
informatizar as consultas, otimizar o uso dos recursos financeiros e
flexibilizar o atendimento de acordo com o perfil dos diferentes
municípios.
"Isso pode ajudar quando uma pessoa for atendida em um serviço de
urgência, por exemplo. Se ele tiver as informações no portal, o
profissional pode acessá-las e, com isso, cuidar melhor dessa pessoa.
Isso permite também o acesso a todos os registros de consultas,
cirurgias, entre outros, que estejam em nome dela", disse.
O paciente poderá definir por quanto tempo, quais informações e quais
médicos poderão ter acesso aos dados armazenados na página. Por meio do
portal, também será possível a troca de e-mails entre médicos e
pacientes. Caso a pessoa permita o acesso livre a seus arquivos, outros
especialistas poderão, eventualmente, entrar em contato com o paciente
com informações adicionais.
Para ter acesso a esse sistema, o paciente deverá estar cadastrado no
Sistema Cartão Nacional de Saúde (Cadsus Web), ter o número do cartão
em mãos e registrar uma senha de acesso no portal. Para isso, é preciso
um e-mail válido e atualizado. Caso a pessoa ainda não tenha o cartão, é
possível fazer um pré-cadastro pela internet.
Na página, ainda estarão disponíveis dados sobre a rede do SUS, como
locais de unidades de atendimento, informações sobre farmácias populares
e medicamentos.
O ministério lançou hoje também o software E-SUS, para o uso dos
profissionais de saúde nas unidades básicas. Por meio desse programa,
que está sendo testado em dez municípios brasileiros e estará disponível
a todos a partir de março deste ano, será possível fazer prontuários
eletrônicos, armazenar e acessar dados sobre os pacientes e sobre a rede
de saúde.
O programa pode ser usado em notebooks, tablets e celulares com
plataforma mobile. O software poderá ser usado em versões online e
off-line – em municípios onde as unidades de saúde ainda não estão
conetadas à internet. Nesses locais onde não há rede disponível, o
Ministério das Cidades irá custear a conexão a cerca de 14 mil unidades
básicas que aderiram ao Plano Nacional de Melhoria do Acesso e da
Qualidade.
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