quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ambulância de Meridiano é flagrada sendo usada como carro de mudança

 Você vai ler agora um caso revoltante de mau uso do dinheiro público. No interior de São Paulo, a equipe do Bom Dia Brasil flagrou uma ambulância, que deveria transportar pacientes em caso de emergência, sendo usada como carro de mudança.

O que faz uma ambulância de Meridiano, interior de São Paulo, parada em uma avenida em Taguatinga, cidade-satélite do Distrito Federal? O veículo não está em frente a um hospital ou posto de saúde, como deveria. No carro não há qualquer equipamento para atendimento médico e sim malas, sacolas e roupas. O motivo é logo esclarecido pela passageira.
“A ambulância está fazendo mudança”, diz a mulher.

O motorista Cláudio Franqueira, que é funcionário da prefeitura, tenta se explicar. “Nós somos do estado de São Paulo. Essa menina não está bem e nós viemos buscar ela”.

Mas acaba admitindo: “Estava morando aqui, desempregada, e foi o recado para a mãe no estado de São Paulo que a menina estava doente. A ambulância é para levar pessoas em estado grave, mas eu vim buscar ela. Olha a situação dela. Ela está em estado grave de saúde, é caso de vida ou morte”.
A própria passageira desmente: “Não tenho nada de mais”.

A ambulância percorreu, entre ida e volta, quase dois mil quilômetros.

“Foi alegado que a paciente precisava de uma maca porque ela não tinha cindições de ir sentada. Então foi por isso que foi enviada a ambulância e agora os pertences dela, que seriam meia dúzia de peças de roupa. Eu acho que não haveria problema nenhum”, diz José Augusto Finotti, diretor de saúde de Meridiano.
O prefeito Aristeu Baldin disse que não sabia de nada. “A gente deveria ter pego no momento algum documento do médico, um laudo, mas não sei se tinha na hora”.

Mas agora ele, o diretor de saúde e o motorista da ambulância vão ter que se explicar ao Ministério Público. Se ficar comprovado o uso irregular da ambulância, o prefeito de Meridiano vai responder processo e terá que devolver todo o dinheiro gasto com a viagem.

“A seção de ambulâncias só nos casos de emergência e que tenha a finalidade hospitalar. No caso, pela reportagem, a princípio parece que isso não ocorreu”, aponta o promotor de justiça Daniel Azadinho.

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