Brasília – Os brasileiros gastaram US$ 1,426 bilhão a mais com
viagens ao exterior, no mês de dezembro, do que os estrangeiros deixaram
no país. Foi um aumento de US$ 275 milhões (2,41%) em relação ao mesmo
mês de 2011. As despesas no ano com viagens internacionais somaram US$
22,2 bilhões enquanto os estrangeiros deixaram US$ 6,4 bilhões no país –
o que resultou no déficit de US$ 15,588 bilhões nas contas das viagens
internacionais.
Os números foram apresentados ontem (23) pelo chefe do Departamento
Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Túlio Maciel. Segundo ele, 2012
registrou um novo recorde de gastos com viagens internacionais,
estimulado, principalmente, pela valorização do real em relação ao
dólar, em boa parte do ano passado.
Além de viagens, os serviços externos registraram saídas líquidas de
US$ 41,075 bilhões em 2012. Custaram, portanto, US$ 3,143 bilhões a
mais (8,28%) que no ano anterior, uma vez que as despesas totais de
brasileiros lá fora somaram US$ 80,939 bilhões, enquanto as receitas
obtidas com gastos de estrangeiros no país ficaram em US$ 39,864
bilhões.
As principais despesas, de US$ 18,804 bilhões, foram com aluguel de
equipamentos, que aumentaram 12,23% na comparação com 2011, seguidas das
despesas com viagens. Depois, vieram os gastos com transportes, no
valor de US$ 8,769 bilhões (+5,2%); US$ 3,850 bilhões com computação e
informações, no mesmo patamar do ano anterior; US$ 3,156 bilhões com royalties e
licenças (+16,45%); US$ 1,446 bilhão com serviços governamentais
(+3,95%); US$ 994 milhões com seguros (-17,98%); US$ 709 milhões com
serviços financeiros (-17,36%); e US$ 10,759 bilhões na rubrica “outros
serviços”, com acréscimo de 7,01% em relação ao ano anterior.
De acordo com o chefe do Depec, as remessas líquidas de renda para o
exterior somaram US$ 6,543 bilhões no último mês de 2012, com leve
aumento de 1,7% em relação a dezembro de 2011. Com esse desempenho, as
remessas acumuladas no ano ficaram em US$ 35,448 bilhões, ou 25,1%
abaixo das remessas de US$ 47,319 bilhões em 2011. Foram US$ 24,112
bilhões em lucros e dividendos, com redução de 36,8% em relação a 2011,
e US$ 11,847 bilhões com pagamento de juros, que diminuíram 17,79% na
comparação anual.
Por Agência Brasil
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