O diagnóstico de doença de Alzheimer do ex-boxeador José Adilson
“Maguila” Rodrigues dos Santos, de 54 anos, pode estar relacionado a
traumas cranianos repetitivos, conforme explica o neurologista Dr. Ivan
Okamoto, coordenador do Setor de Neurologia do Instituto da Memória da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
— Traumas cranianos importantes podem estar relacionados ao Alzheimer,
mas a idade é o principal fator de risco da doença. Como envelhecer é
algo natural do organismo, pode-se dizer que o Alzheimer é um problema
de saúde muito prevalente na terceira idade, especialmente por causa do
aumento da expectativa de vida da população.
O Alzheimer, conforme explica o médico, é uma doença que costuma
aparecer, na maioria dos casos, a partir dos 60 anos e tem como
principal sintoma a perda de memória.
— É um esquecimento que passa a interferir no dia a dia do paciente, ou
seja, ele esquece a panela no fogo, não paga as contas em dia e assim
por diante. Além disso, pode haver alterações de comportamento, como
depressão, irritabilidade, agressividade, insônia ou euforia.
Segundo o Dr. Okamoto, são esses sinais que alertam a família a
procurar um especialista. Apesar de evoluir de forma lenta, ele avisa
que, com o passar dos anos, o quadro clínico pode se agravar e o
paciente começa a perder a capacidade de falar, andar, engolir, sorrir,
planejar e calcular.
— Por isso, o tratamento é fundamental. Apesar de não ter cura, a
medicação consegue estabilizar ou diminuir a progressão da doença,
propiciando mais qualidade de vida ao paciente.
O Alzheimer, que atinge mais de 25 milhões de pessoas no mundo e 1
milhão no Brasil, não pode ser prevenido, mas o neurologista recomenda
praticar atividade física aeróbia três vezes por semana, ler e fazer
palavra cruzada “com o objetivo de melhorar a reserva cognitiva”.
Fonte: R7.COM
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