O excesso de consumo de suplementos alimentares preocupa. São vitaminas,
substâncias para acelerar a queima de gordura e aumentar a disposição
durante os exercícios físicos, mas é preciso cuidado. Na segunda-feira
(17), a Anvisa proibiu a venda de quatro suplementos. Os produtos são o Isofast- MHP, Alert 8-hour-MHP, Carnivor e Probolic –SR-MHP.
Um deles contém doses tão altas de vitaminas que pode ser considerado
um medicamento. Outro, fabricado nos Estados Unidos, tem componentes que
não são permitidos no Brasil.
Os suplementos alimentares mais procurados são os a base de proteína.
Três deles foram proibidos pela Anvisa: Probolic, Isofast e Carnivor.
Eles têm na composição ingredientes que não são aceitos ou que a
quantidade excede o previsto na legislação brasileira, apesar de estarem
liberados em outros países.
“Um desses produtos chegou a ter 1.600% de vitamina B12 e 325% de
vitamina B6, o que para gente já seria considerado um medicamento”,
afirma Thalita Anthony.
Também não pode mais ser comercializado o Alert, que acelera o metabolismo.
Os suplementos tomados sem orientação médica ou de um nutricionista
podem provocar problemas, principalmente nos rins e no fígado. Esses
produtos são indicados para atletas, mas não para todos que praticam
atividade física.
Segundo o médico especialista em esporte, se há possibilidade de repor a
energia perdida com alimentos, melhor. Se não, é preciso levar em conta
a intensidade do esforço, e a indicação tem que ser seguida na dose
certa, não levando em conta apenas a questão estética.
“Essa pessoa, buscando o imediatismo, achando que se tomar duas ou três
vezes ela vai mais bonita duas ou três vezes mais rápido, mais forte,
ela acaba tomando. E vem os riscos”, afirma Ruy Pimentel.
O Distrito Federal tem um dos maiores mercados consumidores de
suplementos. Em quatro anos, segundo o Sindicato do Comércio Varejista, o
número de lojas aumentou 60%.
O dono de uma delas diz que atende em média 60 clientes por dia. Para
todo comprador ele faz o alerta. “Não faça um uso indiscriminado do
produto que futuramente ele pode não vir a a ter o resultado que ele
precisa”, afirma Leonardo Quaranta.
Augusto Magalhães sabe bem disso. Fisiculturista, começou consumindo
por conta própria, aos 18 anos. Por sorte não teve problemas de saúde,
mas há 7 anos, decidiu não se arriscar mais. “Os suplementos que a gente
faz uso, a gente só faz uso no dia de treinamento intenso. Caso
contrário é a gente não utiliza, a gente faz na base da alimentação”,
afirma.
Cabe às vigilâncias sanitárias locais fiscalizar e garantir que os
quatro suplementos proibidos sejam retirados das prateleiras das lojas.
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