Bancada do PT na Assembléia |
Em concordância com a reivindicação salarial dos policiais civis, que considera justa, a Bancada do PT apresentará emendas ao projeto de lei encaminhado pelo governo Serra, para atender a expectativa dos policiais: reajuste de 15% em 2008 (retroativo a março), 12% em 2009 e 12% em 2010. A afirmação foi feita pelo líder da Bancada, deputado Roberto Felício, nesta quinta-feira (23/10), na tribuna do Plenário Juscelino Kubistchek, onde a galeria estava completamente lotada por cerca de 400 policiais que compareceram à Assembléia Legislativa para um protesto contra o projeto de lei encaminhado pelo governador José Serra. O projeto do governador prevê reajuste de apenas 6,5% para o ano de 2009 e 6,5% para 2010. “O PT vai fazer as emendas porque tem compromisso moral e ético com o movimento dos policiais. Mas vocês (dirigindo-se aos policiais na galeria) contam apenas com 23 deputados da oposição para a aprovação e terão que passar de porta em porta nos gabinetes dos 71 parlamentares da base do governo solicitando apoio, senão o projeto não vai ser aprovado em Plenário”, advertiu o líder petista. Com a maioria absoluta dos deputados em sua base, o governo do Estado consegue aprovar na Assembléia Legislativa todas as suas propostas. Dinheiro tem, falta vontade política Comprovando com os números da proposta orçamentária encaminhada pelo governador José Serra para 2009, o líder da Minoria, o petista Enio Tatto, disse que “dinheiro tem, o que falta é vontade política do governador Serra com o funcionalismo”. Tatto explicou que o orçamento do Estado cresceu 19,94% em relação ao ano passado, no entanto, para a área de segurança há um aumento de apenas 16,5%. “Isso demonstra como o governo tucano coloca a questão da segurança em segundo plano”, destacou o deputado e completou “o orçamento de Serra só aumenta para ele fazer publicidade, para divulgar as suas mentiras e ter na mão a imprensa”. O líder da Minoria também informou que o PT protocolou pedido de audiência pública, na terça- feira (21/10), com os secretários de Segurança, Gestão Pública e Fazenda, na Comissão de Finanças e Orçamento, para que eles expliquem porque o governo não dá o aumento aos policiais, “mas a base governista impediu”, a votação do requerimento naquele dia. Hoje (23/10), após a manifestação dos policiais, o presidente da Casa decidiu pela realização da audiência pública no dia 30/10, às 14h30. Governo não respeita data-base dos servidores “O governador Serra não respeita a data-base dos servidores públicos (março) que foi aprovada nesta Casa. E se o governador não respeita a lei, como ele vai exigir que o funcionalismo cumpra a lei”, salientou o deputado Zico Prado. Para ele, o governo tucano não reconhece o que ele tem mais sagrado, que é o funcionalismo. “Essa é a política do PSDB”, destaca o deputado. Se solidarizando com o movimento dos policiais civis, o deputado Simão Pedro classificou de “vexatória” e “vergonhosa” a situação salarial da categoria. “O governador Serra ao invés de estabelecer uma negociação, envia para a Assembléia um projeto que com essa ‘migalha’ de reajuste e ainda só para o ano que vem”, indignou-se Simão. O deputado Adriano Diogo enfatizou que a culpa pela situação, tanto salarial, como do confronto entre as polícias militar e civil (em 17/10) “é de uma só pessoa: José Serra”. Para o petista, “quem quer ser presidente da República e põe para defender com armas uma manifestação política é, no mínimo, irresponsável. Todos os gestos do Serra são magnificamente estudados. Ele age com um ditador”. “O governador não dará ordem a Bancada do PT” O líder Roberto Felício, indignado com fato do governador José Serra imputar ao Partido dos Trabalhadores e a ele próprio (Felício), a responsabilidade pelo confronto entre polícia civil e militar em frente ao Palácio dos Bandeirantes em 17/10, afirmou que “o governador não dará ordem a Bancada do PT, que está solidária com o movimento legítimo dos policiais e estará ao lado na manifestação da próxima segunda-feira (27/10), na Praça da Sé”. Manifestaram-se em Plenário, solidarizando-se com a luta dos policiais civis os deputados do PT: Roberto Felício (líder), Enio Tatto, Simão Pedro, Zico Prado, Adriano Diogo, Cido Sério, Antonio Mentor e Hamilton Pereira. Manifestações dos policiais civis Nesta quinta-feira (23/10), a movimento dos policiais civis realizaram manifestações simultâneas em várias cidades do Estado. Na Capital, o ato foi realizado na Assembléia Legislativa, com mais de 500 pessoas. “É uma forma de mostrarmos nossa indignação, com a forma que o Governo trata a categoria”, destacou o presidente da Adpesp – Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. No dia 27/10, às 14 horas, na Praça da Sé – Capital – será realizada um grande ato com a presença de policiais de todo o Estado. |
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
PT apóia grevistas da Polícia Civil
PT apóia grevistas da polícia civil e apresentará emendas ao projeto do governador
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