quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ato abre embates contra SERRA (PSDB)


No dia seguinte às eleições municipais, sindicatos e associações de policiais civis em greve desde 16 de setembro prometem dias de embate com o governo do Estado para pressionar o avanço nas negociações por melhores salários e planos de carreira para a categoria.

O primeiro ato aconteceu na tarde de ontem. Sete mil policiais civis, segundo estimativa dos organizadores, paralisaram o centro de São Paulo numa caminhada que começou na Praça da Sé e seguiu até a sede da Delegacia Geral de Polícia, na Rua Brigadeiro Tobias, passando pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

“A quantidade de pessoas na manifestação é importante para mostrar que o movimento não tinha fim eleitoreiros. Queremos ver agora qual vai ser a desculpa do governador para justificar a greve dos policiais civis”, repetia o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil, João Rebouças.

Nos próximos dias, os policiais civis prometem marcação cerrada à agenda do governador José Serra (PSDB), seguindo a estratégia dos policiais de Bauru, no interior do Estado. Na sexta-feira, policiais civis interpelaram o governador em visita à cidade. A mesma estratégia deve ser seguida em outros locais do Estado.

Amanhã, representantes de sindicatos e associações de todo o Brasil prometem paralisação nacional em apoio ao movimento paulista. Ainda foi marcada para quinta-feira audiência pública na Assembléia Legislativa de São Paulo para discutir com os deputados projetos para a reforma da polícia. A base da categoria pressiona ainda para que ocorra uma nova manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, idéia por enquanto rechaçada pelas lideranças.

O Palácio dos Bandeirantes foi o local do confronto histórico entre policiais civis e militares, ocorrido no último dia 16. Na manifestação de ontem, a situação foi tranqüila e não houve tumultos graves. Até o padre Renato Cangianeli, pároco da Catedral da Sé, foi chamado no carro de som para rezar um Pai Nosso e pedir calma aos manifestantes.

Uma pequena confusão aconteceu na Rua Xavier de Toledo, na esquina com o Viaduto do Chá, quando motoboys se irritaram por causa da paralisação no trânsito. Houve empurra-empurra, mas a caminhada seguiu sem problemas.

Um pouco adiante, na Rua Conselheiro Brotero, policiais militares que organizavam o trânsito chamaram a atenção dos integrantes da passeata. Enquanto alguns os aplaudiam, outros faziam gestos obscenos. Depois de se comunicarem por rádio, os PMs deixaram rapidamente o local, sendo substituídos por Guardas Civis Metropolitanos.

Rivalidade histórica - Desta vez, a PM não acompanhou a passeata. A rivalidade entre as duas corporações, contudo, ficou evidente em alguns momentos da manifestação. A Tropa de Choque e os PMs eram hostilizados a todo momento pelos manifestantes da Polícia Civil.

Informações: Jornal da Tarde

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